Há mais de 40 dias sem registro de chuvas,
Maricá enfrenta dificuldades no abastecimento de água. Mais de 90% dos bairros
estão com o serviço prejudicado e a Prefeitura, em conjunto com a Cedae, tenta
minimizar os transtornos.
A Cedae, responsável pela captação e distribuição de água no município,
informou que o grande período de estiagem diminuiu drasticamente o volume do
reservatório do único manancial da cidade, o Rio Ubatiba, localizado na Estrada
do Lagarto. Segundo a companhia, a capacidade de captação no rio, em condições
normais, é de 120 litros de água por segundo, mas hoje está reduzida a apenas
20 litros por segundo, pouco mais de 10% do normal.
Enquanto a situação não é normalizada, a
Prefeitura pede à população que consuma água com consciência, evitando o
desperdício e interrompendo, provisoriamente, atividades que exigem grande
quantidade, como lavagem de carros, calçadas e abastecimento de piscinas.
A Cedae está abastecendo com três
caminhões-pipa os órgãos públicos, como o hospital Conde Modesto Leal. Por meio
da Secretaria de Educação, a Prefeitura estendeu o contrato de abastecimento
das escolas municipais também para aquelas unidades que normalmente são
atendidas pela companhia de águas e esgotos.
Para reforçar os serviços de captação e
abastecimento de água na cidade, que sofre há décadas com investimentos
escassos na área, a atual administração buscou apoio dos governos Federal e
Estadual e está tirando do papel obras importantes como os sistemas de
abastecimento de água de Ponta Negra, Itaipuaçu e Inoã.
Em Ponta Negra, a construção está em fase
final e vai beneficiar cerca de 6 mil moradores. Em Itaipuaçu e Inoã, as obras,
que devem ser concluídas em 2013, incluem 250 quilômetros de rede, que vão
gerar cerca de 12 mil novas ligações residenciais e comerciais. Também serão construídos
dois reservatórios, abastecidos pela estação de tratamento de Imunana-Laranjal,
em São Gonçalo.
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