segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

LINDBERGH FARIAS SE REÚNE COM METARLÚRGICOS EM MARICÁ



Foi realizada no dia 06 de janeiro, uma reunião entre centenas de metalúrgicos do Estado do Rio de Janeiro, na Colônia de férias COOTRAMERJ ( Cooperativa dos Trabalhadores Metalúrgicos do Estado do Rio de Janeiro), em Maricá. Os metalúrgicos puderam levar a família para aproveitar o domingo de sol no local, além disso, os presentes aprovaram o novo Estatuto da categoria, baseado na nova Lei Federal 12.690/12, sancionada pela Presidente Dilma Rousseff, que cria regras para o funcionamento das cooperativas de trabalho e também instituiu o Programa Nacional de Fomento às Cooperativas de Trabalho (Pronacoop).
O evento contou com a presença do Prefeito de Maricá - Washington Quaquá, da sua esposa Rosangela Zeidan, da filha do Presidente Lula - Lurian Silva e do Senador Lindbergh Farias. O vereador em São Gonçalo e atual Secretário municipal de Direitos Humanos em Maricá, Miguel Moraes presidiu a mesa de reunião, e lembrou que com a indústria naval haverá geração de empregos não só em Maricá como no estado do Rio em diversos setores.  Agradeceu a presença dos presentes, em especial a do Prefeito, que está sendo pioneiro em trazer a construção naval para a cidade. “ Precisamos de articulação política forte para que os estaleiros funcionem em Maricá” – disse.
Em seguida, Rozangela Zeidan afirmou que Miguel Moraes é um parceiro na luta e hoje em Maricá ele terá uma deputada para defender o Sindicato dos Metalúrgicos para o que for preciso. “ Vamos ter estaleiro aqui em Maricá, havendo a geração de empregos e a valorização da categoria. Estamos juntos nessa caminhada, contamos com vocês nessa luta.” – enfatizou.
 Maricá hoje tem atraído muitos investidores estrangeiros, lembrou Zeidan, dizendo que a mão de obra dos metalúrgicos será necessária para esse crescimento. Miguel Moraes destacou que haverá oportunidade para diversas áreas, e isso será ótimo para os trabalhadores. “ Estou feliz de estar junto com vocês e Quaquá provou seu ideal, por isso foi reeleito merecidamente” – disse Miguel emocionado.
O prefeito lembrou que a categoria metalúrgica é de extrema importância para o crescimento do País, citando o ex-presidente Lula, que ensinou o Brasil a ser Brasil, pois ampliou a indústria naval para o nordeste e para todo o Brasil, gerando emprego para o nosso País. Citou que uma das suas preocupações enquanto prefeito é buscar o crescimento da cidade, lembrando da implantação do Porto de Jaconé e da construção de estaleiros de reparo de navios, com isso, será ampliado o mercado de trabalho, vai atrair outras empresas para montar em Maricá.
“ Precisamos qualificar seus filhos, estamos trazendo o SENAI para Maricá para formar a juventude, vamos precisar de mão de obra para tocar nossos navios, estamos instalando plataformas. Tenho o apoio do Senador Lindbergh e o compromisso com o povo e o estado do Rio de Janeiro.” – disse Quaquá.
O Senador pelo Estado do Rio de Janeiro, Lindbergh Farias citou que para mudar a cara do País tem que primeiro fazer pelos que mais precisam, lembrando que o ex-presidente Lula teve essa iniciativa e hoje o Brasil é considerado a sexta maior economia do mundo. Segundo o senador, a Indústria Naval estava quebrada, e atualmente está em cresciemtno, até mesmo na cidade de maricá, gerando oportunidades de empregos através do pré-sal. Lembrou ainda que o Partido dos Trabalhadores surgiu no meio dos trabalhadores, em especial  dos metalúrgicos, como o ex-presidente Lula. “ Estou a disposição da categoria, qualquer batalha podem contar comigo, quero estar mais perto das reuniões da categoria” – concluiu o Senador.

Quais são os reais motivos desse ódio da elite burguesa que tenta destruir nosso companheiro Lula?




Observei nas últimas semanas do ano de 2012 a forma como nosso ex presidente Lula vem sendo atacado pela oposição conservadora, coordenada pela mídia golpista que tenta desmoralizar a esquerda, o PT e todo nosso legado.
Essa oposição é a mesma que governou o Brasil durante anos, que articulou os golpes de 54 e 64,  e que agora quer destruir a maior liderança política da história deste país. Esses mesmos “atores” que não foram capazes de apresentar um projeto nacional durante as décadas que governaram o Brasil desde a redemocratização, e que foram derrotados em 2002 por um ex operário.
Eu me pergunto quais são os reais motivos desse ódio da elite burguesa que tenta destruir nosso companheiro Lula?
1 - Não é fácil para eles aceitarem que Lula, como o primeiro ex operário na história brasileira, tenha ocupado o posto mais importante da nação.
2 - Eles não aceitam que 40 milhões de brasileiros(as) tenham saído da linha de pobreza, através de programas como Fome Zero, Bolsa Família e pelo aumento real do salário mínimo.
3 - Eles não aceitam a criação da Secretaria Nacional de Juventude, do Conselho Nacional de Juventude, e que a juventude fosse incluída através de programas como ProUNI, Projovem, expansão das universidades, bolsa atleta.
4 - Eles não aceitam a criação de 14 universidades federais e 214 escolas técnicas em oito anos, além da entrada de 750 mil jovens no ensino superior por meio das bolsas do Programa Universidade para Todos (ProUni). Hoje, centenas de milhares de jovens negros, índios e pobres estão sendo os primeiros membros de suas famílias a contarem com o diploma universitário.
5 - Eles não aceitam que um nordestino e retirante posicione o Brasil no cenário da política mundial, e respeite os países da África e América Latina da mesma forma que respeita a Europa e os EUA.
6 - Eles não aceitam que 15 milhões de brasileiros(as) tenham assinado suas carteiras de trabalho no governo de Lula.
7 - Eles não aceitam que no governo Lula o Brasil tenha retomado o crescimento, reduzido a pobreza, a desigualdade social e investido na agricultura familiar, através do Pronaf (Programa de Apoio à Agricultura Familiar), seis vezes mais do que no de FHC.
Além de ter criado outros programas para a área, como o de Aquisição de Alimentos, que compra diretamente a produção dos agricultores. Por volta de 50% dos estabelecimentos de agricultura familiar estão no Nordeste.
8 - Eles não aceitam que no Governo Lula o PIB do país tenha batido recorde, que a inflação tenha sido sempre controlada e que se tenha executado importantes obras como a duplicação da BR 101, construção de novas refinarias e estaleiros no Brasil.
9 - Eles não aceitam o fim das privatizações e a Participação popular direta nas discussões de políticas públicas através das 72 conferências nacionais realizadas durante os oito anos de governo Lula.
10 -  Eles não aceitam a inclusão social do povo pobre, negro e indígena do Brasil através das cotas nas universidades.
11 - Eles não aceitam que grandes eventos esportivos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas serão sediados no Brasil graças a articulação do ex presidente Lula.
12 -  Eles não aceitam a humildade, o diálogo, aprovação e a popularidade que Lula tem com o povo brasileiro. O ex presidente representa a cara do povo do nosso país.
13 - Eles não aceitam que o PT, Lula e o povo brasileiro tenham elegido a primeira mulher presidenta deste país, e que tenha dado continuidade em curso todo projeto de mudança do país iniciado na gestão de Lula.
Coloquei 13 pontos, mas poderia colocar outros milhares de motivos para justificar o ódio da direita que faz oposição ao Brasil . Foram muitas as transformações que o país passou e vem passando nos dias de hoje. Tudo isso graças ao trabalho do nosso companheiro Lula.
Somos nós, o povo, que não vamos aceitar e nos calar diante da injustiça que é a criminalização do ex presidente Lula, do PT e de qualquer movimento social. Vamos continuar sempre na defesa da maior liderança popular da história do Brasil, e do maior partido da América Latina, para manter o rumo do nosso país e cada vez mais aprofundar as necessárias mudanças através do governo da presidenta Dilma.
Por fim, deixo uma frase do nosso guerreiro Lula ao final dos oito anos de governo: “Podem ficar certos de que, quando eu deixar a presidência , cada partícula das coisas que conquistamos terá tido a participação de todo povo brasileiro”.
*Jefferson Lima é Secretário Nacional de Juventude do PT

O FIM DO IMPÉRIO: Governo Municipal retoma administração do Terminal Rodoviário do Centro



A Prefeitura de Maricá, através da secretaria municipal de Transporte iniciou o processo de retomada da administração do Terminal Rodoviário do centro de Maricá no dia 17/01. Foi realizado um ato simbólico no terminal, marcado pela remoção do busto do antigo patrono, Jacinto Luiz Caetano, que dava nome ao local. Retirado do pátio externo, o busto foi transportado intacto para a sede da secretaria municipal de Transporte, em São José do Imbassaí, onde estará à disposição dos representantes da empresa - comunicada oficialmente pela Prefeitura em ofício enviado aos responsáveis.
A ação da nova gestão tem como objetivo garantir mais segurança e conforto aos usuários da rodoviária, além de restabelecer a relação econômica adequada entre o poder público e as empresas usuárias do terminal, que futuramente passarão a pagar pela utilização, como ocorre em outras cidades. A empresa de ônibus Viação Nossa Senhora do Amparo era a administradora do terminal, e sob sua responsabilidade estavam a manutenção do espaço, controle de pessoal, a limpeza e a vigilância. Através da mudança, acordada com a empresa, o local receberá o nome de ‘Rodoviária do Povo de Maricá’ substituindo o ‘Terminal Rodoviário Jacinto Luiz Caetano’. ”Para o fim do monopólio que durava décadas em Maricá, que se apossava de toda cidade, inclusive do Terminal Rodoviário. Estamos retomando para o município o que é de direito: a administração do seu Terminal Rodoviário. Vamos melhorá-lo e dar mais conforto aos passageiros. E parte da luta também para entrar nele novas linhas de ônibus, como a da Viação 1001 para São Paulo, Rio, Niterói e para outras empresas. Para isso, estamos pedindo ajuda da população colhendo assinaturas para o abaixo-assinado”, explicou Quaquá.
Sobre os planos para melhorar o terminal, o atual secretário de Transporte, Leandro da Costa, afirmou que todo o local será remodelado, para adequar o atendimento à demanda de crescimento. E explicou o motivo da decisão. “ O terminal rodoviário faz parte do patrimônio público da cidade e por isso deve ser administrado pela prefeitura”, concluiu. E antecipou que será feita uma grande campanha de conscientização para transformar totalmente o espaço e o seu entorno. 
Segundo o secretário, seis funcionários da Prefeitura já estão responsáveis pela limpeza, manutenção e vigilância da rodoviária. “A ideia do prefeito é transformar o espaço num grande centro comercial para oferecer mais serviços para a população e para quem utiliza o espaço. Pretendemos implementar ações de remodelação das guaritas dos ônibus, da área de estacionamento e do comércio próximo ao local ” - explicou Leandro.
O secretário de Transporte informou ainda que já está em andamento o recadastramento dos táxis que possuem concessão para prestar serviço na cidade, inclusive no ponto localizado em frete ao Terminal Rodoviário. Além disso, esse cadastramento também será feito com os demais serviços de transporte, como as vans e mototáxis, lembrando que será verificado se a legislação está sendo cumprida quanto ao número de permissionados e de autonomias concedidas, e se os veículos estão em perfeito estado, garantido a segurança dos passageiros.

PREFEITURA DARÁ CASA PRÓPRIA A 3 MIL MARICAENSES NESTE NATAL




As obras do projeto ‘Minha Casa, Minha Vida’, parceria do Governos Federal e Municipal estão em constante progresso e o sonho da casa própria está mais vivo do que nunca. As obras foram iniciadas no final de outubro do ano passado, com prazo de conclusão para dezembro deste ano, quando a serão entregues. Serão 1472 casas em Itaipuaçu e mais 1460 unidades em Inoã Inicialmente 600 casas tinham sido aprovadas, agora mais 860 unidades foram aprovadas pelo Ministério da Cidade. Para o prefeito Quaquá essa é a realização de seu maior sonhoda sua vida. “Nasci em uma casa de ‘pau a pique’ na comunidade do Caramujo, em Niterói. Vim para Maricá com 10 anos morar numa casa que não tinha nem banheiro e dormíamos em esteira, no chão. Sei o quanto é importante para uma família ter sua casa, com quarto, cozinha, banheiro e tudo direitinho. Vou ter uma das maiores emoções da minha vida ao dar agora esse ano um presente de natal, 3000 casas para o povo de Maricá”, declarou emocionado.
A parte de fundação das obras já foi concluída, agora a fase da estrutura está sendo preparada, onde se levanta as paredes e constrói blocos. A previsão da empresa é que em fevereiro esteja entrando em uma fase de acabamento das primeiras unidades que foram erguidas.
Até agora, cerca de 500 famílias já foram cadastradas no programa ‘Minha Casa, Minha Vida’. A divulgação inicialmente está sendo feita através da listagem do bolsa família, onde os beneficiários que tem perfil são convidados a ingressar  e fazer a inscrição no projeto. Além disso, estão sendo realizadas reuniões em diversos bairros para esclarecer sobre o projeto.
Quando se mudarem as pessoas terão a disposição todo serviço de Educação Infantil, Ensino Médio e creche. Tudo dentro do novo padrão do Ministério da Educação, além de Postos de Saúde e atendimento do Cras.
A preocupação é que esses novos moradores tenham oportunidades para geração de renda. Para isso, serão identificadas as habilidades e profissões de cada um através do mercado de trabalho. Também será realizado um trabalho de socialização com regras e preservação do patrimônio para que tenha maior preservação das unidades.
Vale lembrar que dentro dos condomínios terá playground infantil, espaço para terceira idade, área de lazer, salão para festas.
De acordo com a Subsecretária Lenny de Oliveira, o projeto ‘Minha Casa, Minha vida’ é fundamental para a resgatar a dignidade das pessoas. ‘’ Morar com dignidade não é ter só um teto. É ter toda uma infraestrutura, um acompanhamento, um olhar integral para o problema. Não é só ‘morar’, é preciso socializar essas pessoas e dar dignidade para esse povo. O Governo Municipal está comprometido com esta ideia.’’, disse Lenny.
Pelas redes sociais também é possível ver todas as informações e tirar dúvidas sobre o Projeto no grupo ‘’Minha Casa, Minha vida’’, do Facebook. Os interessados devem procurar a Secretaria de Habitação na rua Dr. Milton de Souza Pacheco, 24, Lt 6, Qd. Q,  Parque Eldorado/Maricá-RJ ou pelo telefone 2634-0203.

COLUNA DO QUAQUÁ : O Início de Nossa Luta em Maricá


Poucos sabem, mas não nasci em Maricá, nasci num barraco de “pau a pique” em uma comunidade de Niterói, o complexo de favelas do Caramujo. Vim pra cá com 10 anos de idade morar no bairro da Mumbuca, que na época era um bairro bem pobre, de gente simples e bacana. Ali foram plantadas minhas raízes e ampliada nossa verdadeira família.

Meu pai, um soldado da polícia que não tem nem o primeiro grau, minha mãe uma dona de casa que havia terminado o primeiro grau. A fome rondou nossa casa por um tempo. Arroz, feijão, quando tinha, e cará ou savelha pescados no Rio Mumbuca, fritos no fogão de lenha era a dieta básica. As vezes saíamos meu irmão, meu pai e eu para pescar rã a paulada na beira do rio e da Lagoa. Sopa de rã também me lembra muito esse período difícil e feliz de nossa família.
Estudamos, meu irmão e eu, da quinta a oitava série, no colégio Cenecista Maricá, pois tínhamos ganho uma bolsa de estudos e o colégio era de graça. Entrei lá em 1982. Éramos rebeldes, diria que beirando a delinquência. Mas fomos disciplinados pela maior de todas as educadoras da história de Maricá, Zilca Lopes da Fontoura, a Tia Zilca. O Brasil estava querendo sair de sua ditadura militar e os exilados que haviam sido expulsos já estavam de volta no Brasil. Eu li nessa época Frei Betto, com suas “Cartas da Prisão”; e Fernando Gabeira, com “Nós que Amávamos tanto a Revolução”.
Mamãe era Brizolista. Meu pai simpatizava com ele. Em 1982 assisti entusiasmado a vitoria de Brizola para o Governo do Estado. Será que ele é mesmo comunista? Eu me perguntava, para saber se era verdade a acusação da direita e dos militares. Se Brizola era eu tinha dúvida, mas aquele tal de Lisaneas Maciel e o candidato a Senador Vladimir Palmeira, do tal do PT, o Partido dos Trabalhadores, com certeza eram. O partido deles até usava uma estrela como símbolo, igual ao Vietnã, Cuba e China. Era sem dúvida coisa de comunista. Eu via e me interessava muito por isso aos 11 anos de idade.
Em 1985, na primeira eleição para as capitais eu já estava mais atento para política. Eu me lembro bem que torcia muito pelo Saturnino Braga, candidato do PDT, porque o do PT era meio fraco, um tal Wilson Faria. Um paraíba do povo, que mais tarde viria a ser um grande amigo. Um professor meu de história e moral e cívica, Antônio Augusto, o Guta, fazia a cabeça da estudantada do Cenecista. Guta, principalmente, e Pedro Luterback, de geografia, usavam estrelinha do PT no peito e faziam sucesso entre a juventude. 
Guta era sociólogo formado na PUC, veio daí minha certeza absoluta, aos 13 anos de idade de que não queria ser oficial da policia, como desejava minha mãe, mas sim sociólogo, como meu professor. Foi um dia difícil quando comuniquei isso a ela. Mas como sempre ela entendeu e apoiou minhas opções.Saturnino eleito prefeito do Rio e Brizola controlando a política do Estado, eu que sempre gostei de andar na contramão, resolvi assumir meu amor por aquela estrelinha vermelha, minha opção pela esquerda e minha luta de vida pelo socialismo. Em 1986, junto com uma turma alternativa do Partido Verde, que na época era coligada ao PT, fizemos a campanha de Gabeira para governador do Estado. Sacaneavam a gente dizendo que: “quem da, fuma e cheira, vota no Gabeira!”. Eu não fazia nenhum das três coisas. Mas que a campanha empolgou essa “malucada” empolgou. 

Foi na campanha do Gabeira de 1986 para Governador que começou minha história como liderança de massas em Maricá. Na vinda do Gabeira para fazer seu comício em frente a Câmara Municipal, hoje Casa de Cultura, tinha que ter um representante da cidade para falar pelo comitê municipal da campanha. Todo mundo meio que estava com medo do microfone. Eis que Guta, meu professor de história e moral e cívica, falou: “O Quaquá vai falar.” Além de responsável por eu ter me tornado Cientista Social, foi ele também o responsável pelo meu primeiro discurso em praça pública, falando antes do Gabeira, em frente a Câmara Municipal. Sentei o sarrafo nos políticos da cidade. Logo depois Gabeira, no comício final na Cinelândia, fala que ouviu o discurso de um menino de 15 anos em Maricá, e que isso dava a ele a certeza de que independente dos votos que ele tivesse a campanha já era vitoriosa. Gostei tanto daquilo que não parei mais de fazer discursos e comícios na vida. 
Depois disso, juntei meia dúzia de pessoas e fundamos o PT em Maricá. Na primeira reunião foram muito poucas pessoas: Eu, estudante secundarista; Linguinha, um trabalhador da oposição do sindicato dos rodoviários e ex militante clandestino do MEP, o Movimento de Emancipação do Proletariado;  Simone, uma grande amiga homossexual feminina que nunca mais vi; Luiz da Telerj, trabalhador telefônico, que hoje mora em São Pedro D’Aldeia, e foi escolhido nosso primeiro presidente; Jota, que era bancário oposentado, e foi nosso segundo presidente e Lindaura, sua esposa, que trabalhava em uma estatal no Rio. Isso foi no final de 1986. Os dois ainda moram em Araçatiba, mas nunca mais tive contato.
Naquela época não era fácil ser do PT. Você perdia amigos, as pessoas torciam a cara quando olhavam para você. Tinha gente que mudava de calçada. Em 1988, já no segundo grau eu me transferi para o Centro Educacional Joana Benedicta Rangel, onde me tornei o maior líder estudantil de Maricá. Mas essa história fica para o próximo jornal...

Washington Quaquá - Prefeito de Maricá